sábado, 5 de julho de 2008

não dormi. fingi ser meu travesseiro alguém e conversei. conversei não, falei e ele prontamente me ouviu. falei de outro que me deixa assim, uma espécie de palhaça realmente feliz, mais que mera maquiagem. encurtei todas as distâncias, coloquei nossa música, fiz tua comida preferida. fomos ao nosso lugar secreto. desconheci sua voz, mas conheci seus detalhes, sua foto engraçada e sua mão suada. fui até aí, cheguei atrás de ti e te fechei os olhos. tocou minha mão, sentiu o cheiro e chamou meu nome. desse momento em diante nós nos misturamos. conheci teu sapato no meio da sala e tu se assustou com minha tpm. já não quis outro pé, nariz gelado ou travesseiro, teu braço me bastou. não quis outra inspiração e isso ainda me soa estranho, outros me acham louca. tua voz é a trilha sonora dessa loucura. ainda tem mais. prometo guardar esse mundo de coisas pra o restante da vida. faço parte dos que pedem pro tempo correr e que n'alguma hora pedem pra ele parar. eu sei. eu descubro você. agora. justo agora.

domingo, 11 de maio de 2008

caio fernando abreu.

"Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque tenho medo e estou sozinho, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois."